Inclusão Escolar
Como muitas pessoas sabem, meu contato com o autismo aconteceu bem antes de ter filhos autistas. Trabalhei na Educação Especial da Rede Pública Municipal do Rio de Janeiro, de 2000 a 2006. Durante quatro anos, fui professora regente de Classe Especial de Condutas Típicas de Síndromes, onde eram enturmados os alunos com autismo e outros quadros neurológicos que ainda não tinha condições de estar na turma comum, mas com o objetivo de fazer a inclusão desses alunos.
Sempre levantei a bandeira da inclusão, defendendo que a interação entre todos os alunos é essencial. Atualmente, continuo trabalhando na educação inclusiva, mas atendendo a alunos no serviço complementar de educação, o chamado Atendimento Educacional Especializado (AEE).
Dentre as atribuições dos professores, estão:
“Produzir materiais didáticos e pedagógicos acessíveis, considerando as necessidades educacionais específicas dos alunos e os desafios que estes vivenciam no ensino comum, a partir dos objetivos e das atividades propostas no currículo; Estabelecer a articulação com os professores da sala de aula comum e com demais profissionais da escola, visando à disponibilização dos serviços e recursos e o desenvolvimento de atividades para a participação e aprendizagem dos alunos nas atividades escolares; bem como as parcerias com as áreas intersetoriais; Orientar os demais professores e as famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno de forma a ampliar suas habilidades, promovendo sua autonomia e participação” NOTA TÉCNICA – SEESP/GAB/Nº 11/2010 (MEC)
De fato, o AEE é uma ferramenta importantíssima para que a inclusão aconteça. E é bom que fique claro, que TODAS AS ESCOLAS (públicas e particulares), que tenham alunos com deficiência, devem oferecer esse serviço.
Enquanto isso não acontece, há outro instrumento valioso e imprescindível: o Plano de Educação Individualizado (PEI), que é um documento que tem como objetivo orientar o trabalho da escola nas prioridades a serem trabalhadas para o aluno que necessite de adaptações curriculares. O professor da turma é responsável por planejar esse documento, com auxílio da equipe escolar.
O PEI deve incluir o processo de avaliação, com as ferramentas a serem utilizadas; o que constará no currículo; e quais os manejos necessários.
Nele, são consideradas as competências e potencialidades dos alunos, tendo como referência o currículo regular.
QUESTIONE E REGISTRE:
O que o aluno faz bem?
O que ele faz com auxílio?
Quais suas preferências?
Quais seus desafios?
DEFINA METAS (curto, médio e longo prazos)
CONTEMPLE OS ASPECTOS COGNITIVO, MOTOR, SOCIAL E AUTO CUIDADO
Planejar de acordo com a individualidade do aluno baseando-se no currículo da turma traduz a igualdade de oportunidades educacionais, promovendo a educação inclusiva, na perspectiva de uma escola para todos.
Sugestões de temas, enviar para: fernandacavalieri@gmail.com
Conheça a Associação Fortaleza Azul – FAZ: facebook.com/fazbrasil – instagram.com/fortalezaazul
4 Comentários
Também sou professora de sala de recursos acompanho seu trabalho. Parabéns!
Obrigada, Lindalva. Nosso trabalho é essencial na escola. Abraços.
As leis existem. Na prática é muito difícil acontecer. Estou com um processo no ministério público da educação, tentando um auxiliar para meu filho Pedro Paulo…
Não desista, Ana Paula. Só podemos mudar a realidade cobrando a execução das leis existente. Abraços.