Acessibilidade no Cocó é vistoriada e discutida
Assim como andar nas ruas, desfrutar do meio ambiente ainda é um desafio para idosos e pessoas com deficiência física, em Fortaleza. Modificações na estrutura do Parque Estadual do Cocó, como instalação de piso tátil para cegos e rampas para cadeirantes, viabilizam a inclusão dessas pessoas no equipamento. Mas, apesar dos avanços, ainda são necessárias melhorias.
Das três vagas para cadeirantes, no estacionamento em frente ao anfiteatro, duas precisam se adequar. Uma não possui inclinação na calçada e outra não tem sinalização horizontal completa (é necessária a utilização da cor amarela). Já a rampa que dá acesso à quadra poliesportiva precisa ter menos aclive.
Detalhes foram apontados pelo presidente do Conselho Estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência do Ceará, Jacinto Araújo, que visitou o local na manhã de ontem, junto com a titular da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para Idosos e Pessoas com Deficiência do Estado, Rebeca Cortez, e o secretário do Meio Ambiente do Ceará, Artur Bruno.
“Para contornar o parque está perfeito, mas a descida é muito íngreme. Eu, que tenho a cadeira simples, consigo, mas quem usa cadeira motorizada não consegue”, explicou Jacinto. “A ideia da acessibilidade é levar as pessoas com deficiência a todos os lugares que uma pessoa sem deficiência pode acessar”, destacou.
As mudanças devem ser implementadas em 2018, segundo Artur Bruno. “Pedimos que eles viessem pra saber se o que nós fizemos, em termos de acessibilidade, contempla as necessidades das pessoas”, contou.
Intervenções
No Cocó, são 1.200 metros de extensão de calçadão com piso tátil, três rampas de acessibilidade, dois banheiros adaptados, quatro vagas para idosos e três para pessoas com deficiência. Rebeca Cortez explica que a edificação acessível alcança não só cadeirantes como pessoas com mobilidade reduzida. “Agora, há a possibilidade dos cadeirantes, idosos, pessoas com outras deficiências assim como pessoas com carrinhos de bebês e grávidas acessarem ao local”, destaca.
* Texto de Bruna Damasceno, do Jornal O POVO e foto de Aurélio Alves
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